terça-feira, 20 de novembro de 2007

William Shakespeare

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"Quanto mais fecho os olhos melhor vejo;
o dia todo vi coisas vulgares;
mas quando durmo em sonho te revejo;
pondo no escuro luzes estrelares;
tu, cuja sombra faz brilhar as sombras;
pois tanto brilho no negror produzes?
Como podem meus olhos abençoados;
assim te ver brilhar em pleno dia;
quando na noite escura deslumbrados;
dentro de fundo sono eu já te via?
Meu dia é noite quando estás ausente;
e a noite eu vejo o sol se estás presente."

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Tudo por nada - Paulo Ricardo

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Se eu soubesse que ia ser assim

Tudo por nada.

E confesso que acreditei

em meias-verdades

Você nunca me disse

Te amo

Mas também não disse que não

Enquanto eu faziatantos planos

Que você nunca vai saber

Nunca vai saber

Quando você ama alguém que não te quer

Quando há um outro homem, outra mulher

Mesmo assim ainda te amo

Mesmo sabendo que eu

Posso, de repente

Ser o outro

Não posso te esquecer

Se eu soubesse que ia ser assim

Desde o começo

Não teria te ligado não

Mas bem que eu mereço

Alguém tão diferente,brilhava

E parecia querer

Aquilo que eu sempre

sonhava

E que você não soube ser

Você não pode ser

Quando você ama alguém que não te quer

Quando ah um outro homem, outra mulher

Mesmo assim, ainda

Te amo

Mesmo sabendo que eu

Posso, de repente

Ser o outro

Eu não consigo te esquecer

Não posso te esquecer

Se eu soubesse que ia ser assim

Tudo por nada.

E confesso que acreditei

em meias-verdades

Você nunca me disse

Te amo

Mas também não disse que não

Enquanto eu faziatantos planos

Que você nunca vai saber

Nunca vai saber

Quando você ama alguém que não te quer

Quando ah um outro homem, outra mulher

Quando você ama alguém que não te quer

Quando ah um outro homem, outra mulher...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

trecho de alvaro de campos (fernando pessoa)

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a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó principes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

fim

precisa dizer mais alguma coisa?

onde é que a gente no mundo afinal?



 
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